segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Seja fresca: coma somente pasta fresca!

Descobri uma desvantagem em se fazer massa de macarrão fresca: você simplesmente torna-se tão fresca quanto a massa, em relação a comer massas não frescas. Meu almoço de hoje foi um fiasco. Minha mãe faz um delicioso espaguete com atum. A última vez que fiz esse prato para mim, foi um desastre. Hoje resolvi enfrentá-lo novamente. O mais decepcionante é que o prato é absolutamente simples; o que acabou acarretando em seu desastre pois, por sua simplicidade, da última vez que o fizera acabei subestimando-o, cozinhando de menos e comendo algo de gosto terrível. Hoje, o desastre se deu por outra natureza. Dei ao "molho" de atum a devida atenção e o fiz da melhor maneira possível, obtendo um resultado aprovadíssimo. Entretanto, quem não cumpriu seu papel foi a própria massa. Eu precisava de um almoço rápido, e o que obtive foi cerca de 30 minutos entre pôr a água para ferver e o macarrão estar cozido. Se eu tivesse juntado um ovo a 100g de farinha, tivesse aberto, cortado e cozido a massa, teria terminado tudo nos mesmos 30 minutos, se não antes, e comido algo incomparável!

Já completamente irritada com a demora, pensando que deveria ter feito a massa fresca e, no entanto, absolutamente faminta, pois deixara passar o café-da-manhã, quase não engoli a primeira garfada. Pensei comigo: "não é que o Jeffrey Steingarten tem razão: algumas coisas simplesmente não merecem ser comidas!". Mas logo pensei também na fome que há no mundo... Não poderia rejeitar uma refeição simplesmente porque ela estava aceitável - ou pouco abaixo disso. Continuei a mastigar e já preparava a próxima garfada. Engoli com dificuldade mais uns três ou quatro pedaços, depois perdi o apetite e guardei meu almoço. Quem sabe curtindo na geladeira ele melhore? Dificilmente...

Intermezzo... Entre almoço e janta tomei meu primeiro contato com E.T, de Spielberg. Finalmente vi o aclamado filme, e não me sinto mais tão alheia assim ao resto do mundo. Como uma boa espectadora, chorei no final.

Para jantar faríamos algo simples como uma sopa. Lembrei-me de um creme de aspargo de um livro do Jamie Oliver, Jamie Oliver em Casa, que eu vira outro dia quando procurava receitas com aspargos. Naquele dia, não tinha salsão nem alho-poró, que a receita pede. Fiz com batata. Hoje, não tinha o próprio aspargo. Fiz uma sopa deliciosa de salsão e alho-poró. Pela combinação de ingredientes "fortes", imaginei que ficaria um pouco picante, ardido, enjoativo. Muito pelo contrário. O sabor final é fantástico e adquire algo do frescor do salsão. Para guarnecer: uma torrada sobre a sopa, queijo parmesão e salsinha picada. Infalível!

3 comentários:

Unknown disse...

Como assim... ET? JURA???
Não sabia que alguém da minha geração poderia não ter assistido...hehehhe..

Isabel Hargrave disse...

é, essas falhas de formaão placentárias acontecem. Comigo acontecem até bastante..hehe. Filmes básicos não vistos. Guerra nas estrelas etc.

Isabel Hargrave disse...

Pois a minha opinião é mais preconceituosa: não dava para o prato não ficar um fiasco sendo com atum (hehehehe). Uma melequinha oleosa de pedaços de peix que devia ser fresco não ia dar certo mesmo.