terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Teremos inverno nesse natal?

A forte e constante chuva com que o dia amanheceu hoje demorou a me inspirar a acordar, o que só foi possível, após três infrutíferas tentativas, as 10h da manhã. Esse frio todo - uns 17ºC - definitivamente não faz parte do verão brasileiro. O pessoal de Copenhagen podia usar esse exemplo para enfatizar a importância do encontro climático! Mas como somos brasileiros que não gostamos do intenso sol batendo forte 360 dias por ano em nossas cabeças, aproveitamos o pequeno inverno fora de época para nos encolhermos sob calças de moleton e edredons, e para tomar um delicioso chá-das-cinco com pão caseiro, queijo brie e geléiade framboesa. Será que teremos inverno nesse natal?

Esse foi nosso lanche de ontem. Necessário após o almoço levíssimo de pasta feita em casa, com uma gema a mais que uma clara, e passada na manteiga com a sálvia recém colhida do quintal. De sobremesa, um creme de morango escolhido no livro Cozinha Regional Francesa, de Elisabeth David. O livro é bastante interessante, tem uma boa introdução sobre as experiências dessa inglesa em suas viagens pela França, e muitas, muitas receitas. Entretanto, esse creme não foi a melhor delas. Pouco depois de fazer a massa, mas antes de preparar o almoço, bati uma lata de creme de leite, e não aconteceu nada, a consistência permaneceu a mesma. Como a receita não dizia o que aconteceria com a consistência, juntei logo a clara batida em neve que sobrara da massa de macarrão. Também não houve muita supresa ali. Juntei a poupa de morangos batidos no processador e passados pela peneira e 3 colheres de açucar refinado. No fim obtive um creme que poderia ter sido todo mexido a mão com uma colher ou com batedores manuais. Deixei o creme na geladeira por cerca de 1h, 1h30, até que tivéssemos terminado o almoço, esperando que algum tipo de solidificação ocorresse. Mas não houve nem uma mudancinha se quer. Como era saboroso, comemos o creme assim mesmo, mas não acho que farei de novo essa sobremesa, a não ser como recheio de algum bolo.

Para a noite foi meu namorado quem pegou na cozinha, e fez suas deliciosas bruscchetas. Vimos no Fundamentos da Cozinha Italiana Clássica, deMarcella Hazan - uma reedição e ampliação de seus dois primeiros livros - que uma brusccheta é pura e simplesmente uma torrada. Tradicionalmente elas são torradas com um pouco de alho passado no pão, antes de ir para o forno, e com um pouco de azeite e sal, talvez pimenta, salpicados. A brusccheta que conhecemos por aqui é na verdade uma variação com tomate. Acrescentam-se tomates e manjericão. Aqui em casa, acrescentam-se também azeitonas pretas, alho picadinho e queijo parmesão ralado, e dispensa-se o sal. Come-se acompanhado por um bom vinho tinto.

Um comentário:

Letícia disse...

Eu não sei voce, mas eu terei bastante inverno... :D